Jó era um homem rico e influente que vivia na terra de Uz, um patriarca
de ótimo caráter. Jó era certamente um homem bem conceituado, de bom coração e
ajudava os necessitados em sua cidade. Essas características o credenciaram a
ser considerado um homem irrepreensível, íntegro e temente a Deus (Jó 1:8).
Não foi a riqueza, nem a influência de Jó, que o fez alvo de Satanás
(hebr., lit. “o adversário”), mas a sua devoção absoluta a Deus, que inspirou
Satanás a usá-lo como um campo de batalha no confronto com Deus.
A ousadia de Satanás pode ser observada no seu relato a Deus e em sua
malemolência ao atribuir a Jó motivações torpes. Satanás normalmente vagueia
pela terra (Jó 1:7), com seus anjos caídos, a procura de homens desleais, para
arregimentá-los ao seu exército de súditos cheios de maldades. Entretanto, o
verdadeiro cristão não deve temê-lo (2Cr 16.9).
Aos seres criados e absolutamente fieis a Deus, Satanás não ousa
molestar, como foi o caso de Jó, que para ser usado por Satanás, teve que ter a
permissão de Deus, pois, apesar de seus impressionantes poderes, Satanás opera
somente dentro dos limites estabelecidos pelo seu Criador.
Os terríveis golpes sofridos por Jó, não tem o poder de Satanás como
autor, mas sim a permissibilidade de Deus para essas provações (Jó 1:11). Portanto,
fica evidente a responsabilidade do Senhor para todos os eventos que se
sucederam a Jó. (veja quadro abaixo). Dessa forma, confirma-se o domínio de
Deus sobre Satanás e seus anjos caídos.
Deus dá a Satanás todo poder para intervir na vida de Jó (1:12;2:6), mas
esse poder tem propósitos e limites, por isso Satanás não coloca, em nenhum
momento, a vida de Jó em risco. A intenção de Deus, ao permitir tais provações
a Jó, é provar a força do seu caráter, enquanto que para Satanás, a intenção é
exatamente ao contrário, provar a sua falta de caráter. Não foi o caso de Jó, que provou seu belo caráter.
Quando somos colocados a prova, como o foi Jó, os efeitos dessas provações
podem retirar de nós o melhor do nosso caráter ou o pior dele, depende da
maneira que reagimos a essas tentações. Não obstante, o Senhor nos promete que
não seremos tentados além daquilo que podemos suportar (1Co 10:13).
Jó perdeu tudo o que tinha e, principalmente seus amados filhos, que
eram motivos de atenção permanente, para que os mesmos não se tornassem impuros
perante Deus (Jó 1:5). Além disso, essa situação levou seu casamento a passar
por momentos de dificuldades no relacionamento com sua esposa, tendo em vista
que a mesma o insultava: “ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e
morre” (Jó 2:9). Imagine se isso é uma palavra de conforto!
Provavelmente, o relacionamento entre os dois deve ter se transformado
completamente, haja vista que o caráter da esposa não era tão seguro quanto o de
Jó, por isso ela não suportou tantas provações. Apesar de não servir de justificativa
para amaldiçoar o próprio Deus e tratar o seu marido com insultos, devemos
entender que a esposa de Jó passou por todas as provações de perda dos filhos
(dor incomensurável para uma mãe) e extinção das riquezas que possuíam.
Mas Jó foi implacável e justo, na sua reação a esses insultos e palavras
duras da sua esposa, como deve ser a de um verdadeiro cristão (Jó 2:10). Jó
sempre colocava o Senhor em primeiro lugar e falava com firmeza e sinceridade a
sua esposa. Ele nos faz relembrar que o fato de conhecermos, amarmos e fazermos
de Deus o Senhorio absoluto, não significa que nunca enfrentaremos problemas em
nossas vidas.
JÓ MASSACRADO
Em um único dia o
mundo desse rico fazendeiro foi completamente destroçado:
Ataque
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Dano
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Invasores Sabeus
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> 1.000 cabeças de gado e 500 jumentos capturados
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> Todos os trabalhadores foram mortos
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Bola de fogo vinda do céu
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> 7.000 ovelhas e seus pastores incinerados
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Invasores Caldeus
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> 3.000 camelos roubados
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> Todos os tratadores mortos
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Tornado
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> Todos os 10 filhos foram mortos quando a casa onde estavam
desabou
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Posteriormente: Crise de Saúde
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> Feridas por todo o corpo
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Por: Paulo Sávio Lopes da Gama Alves
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