As sentenças dadas por Deus ao homem e à mulher na hora da queda (Gn
3:16-19), afetaram não só a relação entre eles, mas também a relação com Deus e
com a própria natureza onde eles viviam. O julgamento de Deus não está
necessariamente relacionado com a natureza do pecado cometido pelos nossos
primeiros pais. Entretanto, suas trágicas conseqüências (ver quadro abaixo),
sua profundidade e o alcance que esse pecado determinou, não impediram que Deus
desistisse do seu plano para com os seres humanos. Inquestionavelmente, o
pecado distorce e impede a nossa resposta ao plano de Deus. Como resultado
dessa queda, sofremos com os efeitos que esse pecado produziu em nossas vidas
quotidianas, tais como:
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Sofrimento foi acrescentado ao parto;
·
Tirania à liderança;
·
Rebelião à submissão;
·
Dificuldades ao trabalho;
·
Separação aos relacionamentos destinados a união.
Coube às mulheres um particular interesse nesse duplo juízo de Deus (Gn
3:16). O primeiro trouxe como consequência para elas o “sofrimento na gravidez
e dor ao dar à luz”. A gravidez em si não faz parte do julgamento, pois os
filhos são a herança e a recompensa do Senhor (Sl 127:3) e dar à luz é a
oportunidade que a mulher tem de dar as mãos ao Criador para continuar a multiplicação
da espécie humana (Gn 1:28). O Plano inicial de Deus era de que a mulher
concebesse sem dor, embora seja difícil imaginar-se isso hoje em dia.
Na segunda parte do Juízo Deus disse: “O teu desejo será para o teu
marido, e ele te governará” (Gn 3:16). Neste juízo, Deus determina as dolorosas conseqüências
do pecado na relação entre homem e mulher. Ambos resolveram ignorar
completamente as orientações de Deus e fazer as coisas do seu próprio jeito,
apesar das orientações e alertas de Deus e da consciência de Eva sobre essas
orientações (Gn 3:3). Os papéis complementares do homem e da mulher, que
deveriam servir para produzir harmonia e a unidade do casal, foram corrompidos
com o pecado e, a partir daí, passaram a promover conflitos. As conseqüências foram
mais aprofundadas com o pecado pois, a partir daí, a mulher teria a pecaminosa
tendência de desrespeitar o papel de liderança do homem e este, por sua vez,
teria a pecaminosa tendência de abusar da sua autoridade, e até oprimir a
mulher.
Mas Deus, através de Pedro (1 Pe 3:7), deu princípios claros ao homem e
à mulher cristãos, para reagir e evitar esses efeitos do pecado e para
relembrar sua igualdade como seres humanos, bem como manter o relacionamento
harmonioso e complementar para o qual foram criados (Ef 5:21-33 e Cl 3:18-19).
AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
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Verso
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Consequência
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Gn 3:7
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O conhecimento do mal resultante da experiência
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A vergonha e a culpa
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A procura por roupas para se cubrir
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Gn 3:8
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O desejo de se esconder
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O temor da presença de Deus
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A perda da comunhão com Deus
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Gn 3:12
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A recusa da responsabilidade pessoal
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A transferência da culpa de si mesmos para outros
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