domingo, 3 de janeiro de 2016

3a. Leitura - A Fé Mantida Sob um Céu Escuro

Violência nas ruas, corrupção nas esferas do poder. Ganância. Ódio. Devassidão. Por todo lado, um esgoto fedorento de mal e impiedade.
Poderíamos pensar que estamos falando dos tempos atuais, mas, na verdade, estamos descrevendo os tempos de Noé.
Podemos considerar os nossos tempos deploráveis quanto à moralidade do seu povo, e não estaríamos sendo exagerados, mas a situação em que se situava o povo na época de Noé era, segundo as escrituras, escandalosamente pior.
A sociedade humana daquela época estava tão degenerada que Deus viu que “toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal” (Gn 6:5). O grau de decadência do comportamento humano chegou ao cúmulo da degradação moral que “o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e isso cortou-lhe o coração” (Gn 6:6).
Por isso, o Deus que não eliminou Lucifer quando este quis tomar o Seu lugar, que não eliminou Adão e Eva, quando estes cederam ao pecado do anjo caído, não suportou a degeneração humana e decidiu desencadear um dilúvio (ver quadro abaixo) total, para exterminar a humanidade da face da terra. Entretanto, preservaria seus planos de salvação, excluindo desse extermínio, um homem excepcional e sua família pois “A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência” (Gn 6:8).
Como, diante de uma sociedade totalmente corrompida pelo pecado, poderia existir um homem que se abstinha de ser corrompido? A Bíblia nos revela três traços da personalidade de Noé que o distinguia daquela sociedade violenta, corrupta e sórdida:
  • Ele era “homem justo’;
  • Ele era “íntegro entre o povo da sua época”;
  • Ele “andava com Deus” (Gn 6:9; 2 Pe 2:5).
Deus confiava em Noé e disse a este que deveria construir uma barca gigantesca (cento e trinta e cinco metros de cumprimento, vinte e dois metros e meio de largura e treze metros e meio de altura), no qual sua família e um par de todo tipo de animal vivente pudesse sobreviver ao dilúvio que se derramaria sobre toda a terra. 
Esta construção se arrastaria por mais de cem anos sobre a terra seca. Mesmo correndo os riscos de zombaria do seu povo e até da sua própria família, Noé obedeceu. “Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado” (Gn 6:22).
Noé, evidentemente, não era um homem perfeito, como nenhum humano o é, mas a sua Fé o colocava em um patamar superlativamente superior a todos os homens daquela época e, por isso, Deus o declarou justo. “Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé” (Hb 11:7).
Não é difícil imaginarmos o nível de ridicularização e abusos que deve ter passado Noé, diante daquele povo vil, construindo uma Arca dessas proporções em terra seca, num ambiente seco, com pouca chuva, durante mais de cem anos, até que “romperam-se todas as fontes do grande abismo e as comportas do céu se abriram” (Gn 7:11).
Sem dúvida somos exortados a viver essa experiência de Noé, que não vacilou em nenhum momento, mesmo sob pressões de sua família e daquele povo mal.

Noé continuou a caminhar com Deus.
A Cronologia do Dilúvio
O Quê?
Quando?
Quanto Durou?
A Chuva Começõu (Gn 7:11)
Aos 600 anos, 2 meses e dezessete dias de Noé
Chuva: 40 dias e 40 noites
A Água Permaneceu (Gn 7:24)
150 dias
Duração do Dilúvio: 5 meses de 30 dias cada
A Água diminuiu (Gn 8:3)
Ao final de 150 dias
A Água Parou (Gn 8:4)
Aos 600 anos, 7 meses e dezessete dias de Noé
Os Topos das Montanhas Visíveis (Gn 8:5)
10º mês, 1º dia
Arca Parada: 2 meses e 13 dias
Noé Enviou o Corvo (Gn 8:7)
40 Dias Depois
Arca Parada: 3 meses e 23 dias
Noé Enviou a Pomba (Gn 8:10)
7 Dias Depois
Arca Parada: 4 meses
Noé envia Segunda Pomba (Gn 8:12)
7 Dias Depois
Arca Parada: 4 meses e 7 dias
A Água Secou (Gn 8:13)
Aos 601 anos, 1 mes e 1 dia de Noé
Duração final do Dilúvio: 365 dias, 1 Ano solar
A Terra Estava Seca (Gn 8:14)
Aos 601 anos, 2 mes e 27 dias de Noé

Por: Paulo Sávio Lopes da Gama Alves

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